ESTUDO NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS Nº 16

ESTUDO NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS Nº 16

A Disciplina Divina é Prova de Amor

Presb. Rubens Cartaxo Junior

Igreja Presbiteriana de Natal

RECORDANDO:

Autor: desconhecido;

Destinatários: Líderes judeus que aceitaram a mensagem de que Jesus era o Messias, mas que estavam titubeantes em sua decisão, visto que a maioria dos judeus não aceitaram tal mensagem, e estavam considerando retornar à antiga fé.

Propósito: Restaurar a confiança dos irmãos e fortalecer a convicção de que tinham tomado a decisão correta.

– Jesus é apresentado de forma majestosa, como Deus e como homem, o Filho de Deus. É apresentado como superior aos anjos, superior a Moisés e a Josué, e o autor faz várias advertências sobre descrer no que foi dito anteriormente e insta seus leitores a permanecerem firmes na fé. Fazendo uma ponte com o A.T., o autor apresenta Jesus como Sumo Sacerdote. No estudo anterior, vimos as bases da nossa confiança: Jesus é nossa âncora. Ademais, Ele é um sumo sacerdote único e perfeito.

– Além disso, o autor deixa claro a seus leitores que as leis cerimoniais, os sacrifícios, o templo e seus aparatos eram simples sombras, símbolos que apontavam para o real e o verdadeiro, Jesus, a oferta perfeita e o sumo sacerdote perfeito que ministra no santuário celestial.

– O autor ressalta mais uma vez que o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e para sempre, o qual nos garante a salvação eterna.

– O autor faz advertências contra a apostasia: se Cristo é o único meio de salvação, rejeitar seu sacrifício significa a impossibilidade de alcançar a salvação.

– O autor fala sobre os exemplos de fé, daqueles que, mediante a fé, enfrentaram todo tipo de adversidade e venceram.

16. Deus disciplina seus filhos (12.1-13).

Após discorrer sobre a fé e mostrar vários exemplos de homens e mulheres que tiveram fé no Antigo Testamento e através dela enfrentaram e venceram os maiores perigos, perseguições e oposições, o autor da carta passa agora a tratar da realidade os irmãos para os quais ele está escrevendo sua epístola. Não sem propósito que inicia o capítulo 12 com a conjunção coordenativa conclusiva, “portanto”. Essa conjunção liga o que foi dito antes e o que será dito a seguir, sendo o dito a seguir uma conclusão lógica do que fora dito anteriormente.

Ele inicia falando e uma nuvem de testemunhas. Quem são essas testemunhas? Justamente as pessoas que foram listadas no capítulo anterior, aqueles que, mediante a fé, enfrentaram grande perigos e mantiveram a fé. Em seguida o autor pinta uma  cena muito conhecida na antiguidade: os jogos atléticos disputados nos estádios e presenciados por uma grande multidão. O autor compara seus leitores aos atletas que disputavam as corridas, tal como ocorre nas Olimpíadas e outras competições de atletismo. Não era proibido que um atleta corresse com aquelas vestes antigas que parecem lençóis envolvendo a pessoa, mas qual a chance de um atleta vestindo aquilo vencer a prova? O autor usa essa figura para alertar os irmãos que devem não só abandonar o pecado, que tenazmente nos assedia, mas também a largar coisas que, apesar de lícitas, podem criar obstáculos na sua comunhão com Deus. Temos uma corrida a correr e devemos ter nossos olhos fixos em Jesus, autor e consumador de nossa fé.

É interessante perceber que a fé não é um dom natural do homem. O autor da fé e seu consumador em nosso coração é Jesus. Isso aponta, mais uma vez, para a realidade da eleição. São os eleitos de Deus que recebem a fé e por isso creem e por isso perseveram.

Em seguida o autor lembra da obra de Cristo para que nós pudéssemos ser eleitos e ter fé: sua morte, ressurreição e ascensão, sentando-se à direita de Deus Pai. A obra de Cristo deve nos animar e fortalecer, sabendo que, se ele enfrentou oposição dos pecadores, nós também a enfrentaremos e não devemos nem fraquejar nem desanimar.

Falando a seus leitores originais, o autor de Hebreus diz que as perseguições que eles enfrentaram não chegou até o sangue, ou seja, ninguém do grupo a quem a carta é destinada tinha sido martirizado e ele lembra que as provações podem ser uma disciplina que Deus está exercendo sobre eles e que a disciplina é uma prova de amor. Deus corrige e disciplina a quantos ama! O fato de não sofrer disciplina quando todos os filhos estão sendo disciplinados implica que quem não sofre disciplina não é filho de Deus.

A disciplina não é agradável no momento, mas produz frutos de justiça, pois corrige a vida de quem é disciplinado. Deus exerce disciplina para que seu povo seja santificado, para que não se associe ao mundo, para que possa manter-se com os olhos fixos em Jesus.

O autor encerra esse trecho conclamando seus leitores a fortalecer suas mãos e seus joelhos, ou seja: “mantenham-se firmes na fé em Jesus e não titubeiem, pois Jesus é o Messias e ele tem uma recompensa para os que se mantiverem fieis”.

Obrigado por nos acompanhar. Continue conosco. Compartilhe nossas postagens, divulgue-as a seus amigos e faça seus comentários. Até a próxima.

Leave a Reply