Bem-vindos todos ao nosso quarto estudo sobre os Dez Mandamentos baseados no Breve Catecismo de Westminster. Hoje estudaremos as perguntas 49 a 52. Hoje trataremos sobre o segundo mandamento do Decálogo.
Pergunta 49: Qual é o segundo mandamento?
Resposta: O segundo mandamento é: “Não farás para ti imagens de escultura, nem semelhança alguma de tudo o que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás , nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e que guardam os meus mandamentos” (Ex 20.4-6).
Pergunta 50: Que exige o segundo mandamento?
Resposta: O segundo mandamento exige que recebamos, observemos e guardemos puros e inteiros todo o culto e ordenanças religiosas que Deus instituiu na sua Palavras (Dt 12.32; Dt 32.46; Mt 28.20).

Pergunta 51: O que proíbe o segundo mandamento?
Resposta: O segundo mandamento proíbe adorar a Deus por meio de imagens, ou de qualquer outra maneira não prescrita na Sua Palavra (Dt 4.15-16; At 17.29; Dt 12.30-32).

Pergunta 51: Quais são as razões anexas ao segundo mandamento?
Resposta: As razões anexas ao segundo mandamento são a soberania de Deus sobre nós, a sua propriedade em nós, e o zelo que ele tem pelo seu culto (Sl 95.2-3; Sl 45.11; Ex 34.14).

Claramente o segundo mandamento proíbe a idolatria. Entretanto, este mandamento não é meramente uma repetição ou paráfrase do primeiro mandamento. Enquanto o primeiro mandamento trata do objeto do culto, o Deus vivo e verdadeiro, o segundo mandamento fala dos meios do culto, ou seja, da forma como se deve cultuar o Deus vivo e verdadeiro.

Neste mandamento, Deus, em Sua infinita graça, diz ao homem como Ele quer ser cultuado e proíbe terminantemente a forma pela qual não devemos cultuá-lO. Sob hipótese nenhuma Deus quer ser cultuado através de imagens ou figuras, pois nenhuma imagem feita pelo homem, seja escultura ou pintura, pode representar o Deus Eterno e Infinito. A Eternidade e a Infinitude não podem caber numa imagem finita no tempo e no espaço.

Jesus disse muito claramente à mulher samaritana (Jo 4.23) que Deus deve ser adorado em espírito e em verdade. A Bíblia nos diz como adorar a Deus: com louvores, com cânticos, com orações. Imagens com objetivos cúlticos estão terminantemente proibidas. Nenhum culto a Deus deve ser feito tendo como suporte imagens ou ícones.

A depravação decorrente do pecado também afetou a religião. Toda religião que não obedece aos preceitos emanados de Deus e de sua revelação são expressões dessa depravação pecaminosa. Não importa se essa manifestação religiosa agrada as pessoas que dela participam. Basta lembrar do episódio do bezerro de ouro que os hebreus fizeram enquanto Moisés estava recebendo os Dez Mandamentos (Ex 32.6). Todos estavam celebrando alegremente. Todos estavam pecando alegremente em sua manifestação religiosa. O culto que brota do coração de um pecador impenitente é um culto que ofende a Deus. Quando um culto é prestado mediante imagens, a imagem acaba sendo sacralizada e acaba por tomar o lugar do ser a quem o culto é prestado.

Deus é o soberano. Ele é quem diz como quer ser adorado. A nós cabe cumprir suas ordenanças. Ele é Deus zeloso. O zelo pelo seu Nome deve ser levado a sério. Não foi por acaso que as leis cerimoniais foram prescritas aos hebreus. Elas serviam para manter os israelitas focados na promessa da vinda do Messias, Jesus, sendo válidas até a Sua vinda. Entretanto, os israelitas diversas vezes tropeçaram. O bezerro de ouro foi apenas o primeiro. 
Nós, que temos a revelação do Antigo e do Novo Testamentos devemos atentar para manter nosso culto unicamente a Deus. Nosso culto deve ser para a glorificação de Deus e não para o entretenimento das pessoas que vão à igreja. Deus é o centro, não o homem. A glória é de Deus e não do homem.

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