OS OFICIAIS CHAMADOS POR CRISTO – Parte I (por Weslley Wanderley)

“Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa.” (Atos 6:3)


      

         Quando pensamos nas lideranças eclesiásticas devemos ter em mente quais são os atributos que a Palavra de Deus nos mostra para que a igreja eleja seus oficiais. Tem-se tido muita dificuldade nos nossos dias com a eleição de homens comprometidos e vocacionados aos cargos, por isso, vamos primariamente falar sobre o cargo oficial da diaconia.


Quando procurarem por diáconos, as igrejas devem buscar homens cheios do Espírito. O ofício é espiritual. Sua função é um trabalho espiritual. A igreja não terá vantagem alguma em escolher homens que não são cheios do Espírito. Os diáconos devem ser conhecidos por serem sábios e cheios do Espírito. Os apóstolos recomendaram no livro de Atos homens com essas características; não recomendaram pessoas de caráter não comprovado. Mais ainda, a posição diaconal exige pessoas que vivam sob o temor do Senhor, que é o princípio da sabedoria (Provérbios 1:7). Sendo assim, pergunte a si mesmo antes de votar em algum aspirante ao cargo: “O provável diácono tem a reputação de andar segundo o Espírito de Deus, e está vivendo sabiamente diante do Senhor?”

O precípuo propósito que levou os apóstolos a designarem diáconos foi assegurar que o ministério da Palavra não fosse negligenciado. O diácono fiel prioriza a Deus acima do homem e a eternidade acima do secular, mesmo enquanto atende às necessidades físicas do povo da igreja. Ele também deve ser servo. Servir sem procurar “glamour”, aplausos e tendo em mente que qualquer serviço é para Deus, assim como Cristo que mesmo sendo Deus, se esvaziou e veio para servir e não para ser servido. O diácono, deste modo, sentir-se-á feliz em servir.


Deve-se perceber também se há evidências dos frutos do Espírito nos aspirantes e indicados ao cargo. São os frutos esses: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Normalmente os diáconos têm que resolver problemas e questões delicadas nas igrejas locais, e, devido a isso, o diácono deve ser habilitado a confrontar problemas e ser cheio da graça de Deus, e só o Espírito de Deus concede tais habilidades e frutos. Não devem ser os que promovem disputas, mas aqueles que apaziguam as discórdias. Portanto, pergunte-se antecedentemente se tal candidato é fofoqueiro ou se mantém confidências apropriadamente, se sabe dissipar murmurações e reclamações? Outras pessoas se sentem queridas e gentilmente tratadas quando interagem com ele?


A igreja guiada por seus diáconos é chamada a praticar a compaixão, o amor e o apoio para com aqueles que levam pesadas cargas em suas vidas. Esta ajuda pode ser monetária, ou “um vaso de água” (Marcos 9:41), ou uma palavra de ânimo em nome de Jesus. Nalgumas ocasiões as pessoas enfrentam um inimigo mais demolidor – a perda da esperança: “O coração alegre constitui bom remédio; mas o espírito triste, seca os ossos” (Provérbios 17:22). Nestes casos, serão urgentes as visitas fiéis pelos diáconos (e também pelos presbíteros e pastores!), abrindo a Palavra de Deus com eles. Por outro lado, a tarefa dos diáconos, com frequência, inclui dar o alerta de advertência, ou prover uma admoestação, coisa que muitos não gostam. Todavia, esta tarefa em particular provê uma faceta importante a longo prazo. Uma boa passagem é 1Tessalonicenses 5:12-15, onde Paulo disse que “admoestem os insubmissos, consoleis os desanimados …”

Um diácono deverá ser hábil não somente na resolução de problemas, mas também de antecipá-los, para que algo mais grave não venha a descarrilhar a igreja. Mas para se fazer isso de maneira exitosa é necessária muita sabedoria. O homem que será eleito como diácono é alguém conhecido por decisões ajuizadas, por seu discernimento e por seu entendimento? Tem sabedoria quando trata com problemas? É tardio para falar, pronto para ouvir e demorado para irar-se? (Tiago 1:19-20). Considera as ideias dos demais ou está sempre fixo nas suas? (Filipenses 2:3). Se até os apóstolos tiveram o cuidado de selecionar homens sábios e cheios do Espírito, nós mais ainda devemos ter esse cuidado. Obriguemo-nos a orar por homens assim para que nossas igrejas locais sejam fortalecidas a cada eleição.

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