O mês de maio é considerado o mês do lar, da família. Aproveitamos a oportunidade para abordarmos temas pertinentes em nosso boletim semanal. FAMÍLIA – COMPROMISSO E FIDELIDADE, sob este tema desejamos meditar sobre os diversos aspectos do relacionamento familiar e não apenas dos cônjuges. Iniciarei este ciclo tratando de um assunto que pouco se fala nas Igrejas, mas espero que traga conforto, ânimo e esperança ao seu coração.

Há algum tempo, assisti a um ciclo de palestras direcionadas a terceira idade, cujo o tema era “Envelhecimento e Saúde”. Um dos palestrantes, médico e professor de medicina, surpreendeu a maioria dos participantes ao afirmar que: “saúde, especialmente para as pessoas que ali se encontravam, não significa ausência de enfermidade, mas estar consciente sobre as mesmas e aprender a lidar com elas, já que não foi possível evitá-las e não permitir que elas anulem o seu modo de vida, enquanto for possível. Tratá-las e seguir em frente”. Sai de lá, olhando-me como uma pessoa saudável, apesar de reconhecer que carrego umas três ou quatro enfermidades. Para mim e tantos outros, naquela tarde, o “Mito da Saúde Perfeita” caiu por terra. Precisamos tomar cuidado com os “mitos”.

Há outro mito que pretendo derrubar e trazer ânimo e conforto ao seu coração, caso isso de alguma forma esteja lhe afetando, é o “Mito da Família Perfeita”. Quando pensamos em termos de “família”, talvez estejamos iludidos por tal mito. Dois erros muitos frequentes ocorrem quando a família é o assunto: o primeiro, é quando generalizadamente afirma-se que “para a família não há mais jeito, tudo está perdido, não vale a pena insistir com os padrões morais ultrapassados. O negócio hoje é relacionamentos alternativos”. Como cristãos, facilmente identificamos a origem maligna de tal conceito. O segundo erro é muito mais sutil, mas igualmente pernicioso em seus efeitos: “a família tem que ser perfeita”. A busca em obter-se a felicidade através da perfeição familiar, deixa muitos crentes fiéis abatidos e desanimados por reconhecerem que suas próprias famílias não têm atingido tal nível. Desafio a você a tentar encontrar uma família perfeita. Nunca existiu e jamais existirá. Examinem as Escrituras Sagradas, nem ali a encontrará. 

Os conflitos familiares são inevitáveis. Fazem parte de todo casamento e de todos os relacionamentos dentro da família. A nossa condição de pecadores sempre trará diferenças entre nós. É um terrível e prejudicial engano imaginar que as “famílias boas” não têm conflitos e que os mesmos sobram nas “famílias ruins”. Assim como na saúde, a família saudável, não é sinônimo de ausência de problemas, conflitos, provações e lágrimas. A família é saudável quando seus componentes reconhecem que são pecadores e aprendem a lidar com os impulsos pecaminosos e submetê-los a cruz de Jesus Cristo. Reconhecer que o próprio coração é a principal fonte de onde fluem o ciúme, inveja contendas e prazeres da carne – (Tiago 4.1) é o início de como aprender a lidar com os conflitos. O passo seguinte é submeter-se humildemente a direção do Espírito Santo, santificador, para que Ele desenvolva em você os mesmos sentimentos que dominaram a vida e do Senhor Jesus Cristo – (Filipenses 2.1-4). Não se desanime, siga em frente, continue a agradecer ao Senhor pela sua família. Continue a orar por você e pelos seus familiares, o Senhor ainda o deixará maravilhado (Lucas 8.56).

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