Inspirado no tema que foi exposto pelo Rev. Flávio Américo no último domingo de janeiro na Classe Única da Escola Dominical, resolvi escrever uma série de textos sobre o assunto, no intuito de aprofundar o estudo dessa matéria, embora de forma resumida e panorâmica, pois, por definição, textos publicados em blogs não devem ser muito longos, mas sucintos e diretos.

Inicialmente é necessário elucidar o que significa a palavra “escatologia”. Esta palavra tem origem grega e significa “estudo (ou doutrina) das últimas coisas”. A Escatologia faz parte da Teologia Sistemática, que procura estudar sistematicamente as doutrinas reveladas nas Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamentos. Assim, a Teologia Sistemática divide-se em Doutrina de Deus (comumente chamada Teontologia), Doutrina do Homem (Antropologia), Doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo (Cristologia), Doutrina do Espírito Santo (Pneumatologia), Doutrina da Salvação (Soteriologia), Doutrina da Igreja (Eclesiologia) e a Doutrina das Últimas Coisas (Escatologia).

Pois bem, a Escatologia tem como seu foco de estudo as chamadas “últimas coisas”. Quando se ouve ou se lê esse termo, imediatamente nossa mente pensa logo no Livro do Apocalipse. Entretanto, não é apenas nele que encontramos material para nossos estudos escatológicos. Em Apocalipse há, de fato, vasto material escatológico, mas encontramos muito material de estudo no Antigo Testamento, como nos profetas, por exemplo, nos evangelhos e nas epístolas dos apóstolos. Assim, estudar escatologia não implica em nos prender a UM ÚNICO livro, mas perscrutar TODA a Escritura.

Outro ponto importante é ter em mente que Escatologia não implica apenas em estudar fatos futuros, que ainda vão acontecer, mas escatologia diz respeito às coisas DEFINITIVAS, ou seja, coisas que Deus determinou que já aconteceram e que acontecerão.

Aspecto relevante é entender que a Escatologia divide-se em Escatologia Geral e Escatologia Individual. A Escatologia Individual trata de temas como a morte física, a imortalidade da alma e o estado intermediário, enquanto a Escatologia Geral trata da Segunda Vinda de Cristo (nessa seção é que são tratados os conceitos de Pré-Milenismo, Pós-Milenismo e Amilenismo), a ressurreição dos mortos, o Juízo Final e o Estado Final.

Nesta série de textos, vou dar uma atenção especial às interpretações sobre a segunda volta de Cristo, procurando elucidar as diferenças e afirmando a Escatologia Reformada.

Cumpre dizer que há elementos em comum a todas as interpretações: todas acreditam que Jesus virá uma segunda vez, todas acreditam no Juízo Final, todas acreditam que os salvos terão uma eternidade de boa ventura e os não-salvos uma eternidade de tormentos no inferno (obviamente não estou falando aqui dos universalistas ou dos aniquilacionistas, mas isso é outra história).

Embora haja concordâncias entre pré-milenistas, pós-milenistas e amilenistas, há também discordâncias e estas se dão acerca da interpretação de QUANDO ocorrerá a segunda vinda de Cristo e na interpretação dos mil anos referidos no capítulo 20 do Apocalipse, se é um período literal ou não, se ele só ocorrerá no futurou ou se já começou.

Se você deseja saber mais sobre o assunto, acesse o blog da Igreja Presbiteriana de Natal e acompanhe nossos estudos.

Estou esperando por você. Até lá.

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